Aumento de furtos e roubos na Área Continental assusta moradores que cobram mais segurança.
- Gabriel Oliveira
- 20 de abr. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de abr. de 2023
A insegurança tem pautado grande parte do noticiário de São Vicente e tornado-se rotina nos últimos 20 anos. E o Distrito da Área Continental tem sofrido, constantemente, devido aos poucos investimentos e falta de maior efetivo da polícia na região. Essa dura realidade continua presente, segundo os moradores de diversos bairros como: Gleba 2, Parque das Bandeiras, Vila Emma, Jardim Irmã Dolores e Jardim Rio Negro, que sofrem com o aumento no número de roubos em linhas de ônibus municipais e intermunicipais. O modo de ação tende a ser bem similar, independente do bairro. Os indivíduos dão sinal de parada em algum ponto da linha e, após subir no coletivo, realizavam o anúncio do assalto, provocando caos dentro do ônibus. Os indivíduos efetuam o roubo de todo dinheiro do caixa do ônibus, sempre a mão armada e de modo rápido para que eles não fiquem muito tempo dentro do coletivo.
A região sofre um grande volume de assaltos, nos últimos anos, mesmo com presença policial em diversos pontos, de grande movimentação. Além disso, no cruzamento entre as avenidas Quarentenário e Dep. Ulisses Guimarães, está posicionado um totem de vigilância instalado pela Prefeitura de São Vicente, que tem a função de monitorar e servir de apoio para a Guarda Civil Municipal (GCM) nas patrulhas e rastreio de suspeitos, passagem de veículos e descarte irregular de entulhos.
As linhas intermunicipais, que cortam a Área Continental, também sofrem com os assaltos. Ao atravessar a Ponte dos Barreiros, em direção ao centro. Dia 13 de abril, dois coletivos, das linhas 942 e 943, foram assaltados pela manhã. O primeiro, 942, foi assaltado próximo das 7h50. Os passageiros tiveram seus bens pessoais roubados pelos meliantes, que pegaram tudo que conseguiram, além de roubar o coletivo.
Já na linha 943, sentido ponta da praia, o fato ocorreu em torno das 6 horas. Os indivíduos roubaram o ônibus a mão armada e causaram panico a todos os usuários da linha, que se queixam da falta de segurança até mesmo para ir trabalhar. Todos os passageiros que estavam no coletivo desceram logo após o acontecido e foram realocados em outro ônibus da linha que chegava logo atrás.
Gleba 2
O bairro do Gleba 2 vem sofrendo com uma grande onda de assaltos e furtos resultando em um medo constante na vida dos moradores da região, que vivem com a apreensão, que vai desde deixar um veículo na rua até ir pegar um coletivo em um ponto do bairro.
A AV. Dr. Celso Santos, que corta o bairro do Gleba 2, tem sido palco de assaltos, principalmente no período da manhã, onde as ruas estão mais vazias e sem muita patrulha policial ou da guarda e em muita das vezes escuras.
Se aproveitando desses fatores, os assaltantes cometem os crimes principalmente no horário entre 5h20 às 7h, na maioria das vezes em dupla utilizando uma moto 150 cilindradas, para percorrer, não só a avenida, mas as ruas paralelas, à procura de vítimas como nas ruas Dr. Milton Pinto (conhecida como rua 17), Carlos Manoel de Andrade e na AV. Antônio Bueno Capolupo.
Nas últimas semanas a região vem sofrendo de modo intenso a criminalidade com o aumento de furtos principalmente de motocicletas desde o dia 20 de fevereiro onde ocorreu o primeiro caso dessa onda de crimes que logo após se estendeu não só pelo bairro do Gleba mas também por outros bairros da região sempre com o mesmo modus operandi.
No dia 20 de fevereiro uma motocicleta foi roubada na rua Antonio Ferreira e Silva (conhecida como rua 15) no bairro Gleba 2 o crime ocorreu aproximadamente às 23h40, de segunda-feira, tendo sido registrado por câmeras de segurança de boa qualidade de casas na rua. A moto furtada estava na frente de uma residência, sendo levada com o uso de uma chave micha para ligar a motocicleta.
Nas filmagens é possível ver dois indivíduos, um em cima de uma motocicleta 150 cilindradas subindo calçadas e passeando moderadamente pela rua, e outro indivíduo caminhando a pé, também analisando a situação, parecendo procurar a melhor oportunidade para o furto.
Dias após, outra motocicleta foi furtada, na rua José Gomes Henriques (conhecida como rua 19) em situação idêntica e com o mesmo modus operandi do primeiro crime, a moto estava estacionada em frente da residência da vítima que usa ela como meio de trabalho.
Os moradores cobram maior policiamento na região, princialmente em horários que, segundo eles, ocorrem mais crimes como no começo do dia a partir das 4h50 e no período da noite, onde o bairro fica mais escuro e perigoso, com pouco policiamento.
Os assaltos e furtos ficam mais presentes na vida dos moradores, que ficam reféns, chegando a ter que voltar mais cedo de compromissos e andar a passos largos tarde da noite ou ao amanhecer.
Até o final da reportagem nenhum suspeito foi preso, a motocicleta do primeiro furto ainda não foi encontrada, já a do segundo caso foi encontrada dias depois e em bom estado.
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